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sábado, 2 de junho de 2012

Nostalgia

  Revirando coisas velhas, caixas, papeis, fotos, cartas. A poeira traz consigo sentimentos antigos, a vontade de ser criança novamente, de não ter problemas com que se preocupar, apesar de achar que tem os maiores problemas do mundo. A inocência do amor, quando o nada significa tudo e as borboletas no estômago são incrivelmente inspiradoras. 
 Muitos dos grandes fizeram do amor sua inspiração, outros escreveram sobre a dor de amar. A maior dor que o ser humano há de sentir. O sofrimento de ter o coração aos pedaços, a perda, as lágrimas. Quantas vezes o pranto incessável foi afagado pelo travesseiro e acalmado pelo sono. Quantas vezes a luz da lua e o brilho das estrelas trouxeram lembranças da pessoa amada.
 Uns tão perto, ao alcance das mãos, e sequer podemos saber o som de suas vozes. Outros longe, se fazendo presentes em todos os momentos. Olhares, cheiros, toques. Todos procuram um amor que os consuma. Mas o que há, pois, no amor que nos prende e nos consome? O que é que nos torna pessoas melhores ao mesmo tempo que tem o poder de nos fazer egoístas e cegos? 
 Sinto saudades do tempo em que o amor era algo inocente pra mim. Ou talvez eu é que era inocente pro amor, não sei. O que importa é que a inspiração se foi, os amores se foram, tudo se foi. Restou o vazio e a esperança de um dia sentir novamente.

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